sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ana querida dos meus dias,
A sua saudade chega a me cortar.
Aqui o cotidiano é pálido e subnutrido, os quartos são apertados e úmidos, o trabalho árduo. Não tenho mais fome, tenho rezado de sol a sol para que Ele não me deixe cair de cama em desencanto, eu Ana, estou perdendo as forças.
Te vejo a todo instante, rogo à Nossa Senhora que te guarde pra mim e guarde também o seu amor por mim.
Escrever para você aqui é difícil e tenso, eles não dão trégua, mas graças à Deus frei Juvenil tem compaixão de nós e tem lhe enviado minhas cartas.
Lembro daquelas tardes no campo, dos poemas que lia para mim, dos seus longos cabelos negros e seu cheiro de erva doce.
Me espere minha delicada Ana,
Te beijo,
Antônio Augusto D´ávila

2 comentários:

Gabriel Zocrato disse...

Se Antônio soubesse usufruir a existência deste amor como alegria, talvez não sofresse com a distância...

PS:Juvenil é um nome, num é um título não?

Carolina Arantes disse...

é o que sempre digo a ele! ;)

Juvenil é um nome e um adjetivo e título...pode ser o encargo que der a ele ;)