quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

licenciado

saudade[quero ver pra crer][de te procurar]
da porra
docê.
às vezes acontece de eu pegar as teclas assim, numa agilidade, numa necessidade tudo transbordando de contar. coisas que não deixei o ''mundo'' ver. muitos rascunhos nos não publicados. eu sei lá. Simplesmente não cicatrizou:3 de maio, 8 de março, algo como início de julho, outubro. e me amedronta esse pensamento de que não vou conseguir me safar desse sentimento de esfregar sua cara no chapisco. digitei ''c'' na barra e foi seu endereço o primeiro. maldita inteligência artificial.
eu mostro sim. mas tem muito mais escondido do que você imagina. tem certeza? lembrei você naquele dia da Elis,não,clubedaesquina. eu, encostada na porta de ferro, cê me deu um beijo e passou. além da animação quando eu cheguei de tarde. parecia que eu era especial. os meninos tocam bonito músicas suas, quando não é no palco, quando bebemos vinho amigo e conversamos na varanda. eles tocam, eu choro. a voz dela rasga, dor da escolha sua. lembro do dia que fui encontrá-la. ela tentava tanto, mas as lágrimas corriam sem controle. é assim que acontece. às vezes me dá vontade de pegar isso tudo de novo, ai, relevar isso tudo e passar de novo pelas mesmas coisas. eu ficaria e até, por você, sim. parece que tá tudo errado quando cadê você, não posso ligar. ultimamente só consigo chorar e já não censuro lugares, pessoas. a coisa é avalanche. tava editando um livro, queria te contar. é um menino simples que faz tudo por uma bicicleta. mas você não sabe mais do meu dia. seus horários. fazer tudo pra dar certo, no fim do dia. e as palavras se perdendo na minha cabeça. eu perdendo. o sol, agora ou tarde. Tonus. passa a primeira. mas não significa. 
tão mais longe. lembra, aquele labirinto, você me achou, eu apertei seu braço e apontei pra cobra.olhar analítico. você no meu olho mágico.
não sei escrever poesia.não sei premeditar. não metrifico nem consigo o formato. quando vi, já foi.nos meus lençóis.
já foi na minha cabeça.
já foi noite.
já foi tarde.

espero
que 
perceba
é
foi
significa
e
significou
queria
gritar
mas
tem alguém aí?
além
do
tec tec tec




tantos pontos finais
.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cartilha

Ainda assim, sendo tranquilo pra você
libertário
libertador
livre
Nunca tive afinidade com hábitos, minha postura curva, entorta, sem disciplina, indisposição
autonomia
soberania
rédeas
Ritmo, então, coordenação.
Lateralidade, problema recente.
É tudo arbitrário, a pontuação.
Vale pra mim -
re
considerar
construir
inventar
formular
programar
marcar
fazer
dizer
alçar
parar
contar
encontrar
mar
pra não chegar.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tarde

Leia agora. A música na minha cabeça. PÁ! A realidade, né. Não queria mesmo ver. Continuei levando porrada e sorrindo e pedindo mais. E tendo esperança, que pra ser sincera, não morre a desgraça. Mas morreram outras tantas. Esses últimos tempos esperava que a qualquer momento você diria de novo. O que eu senti tanta falta: ouvir você dizer, depois do olhar parado, meio mar, meio açúcar, confessar, amor. Ô, meu bem. Foram poucas adoráveis eternas vezes. É uma falta de tudo e eu correndo, numa afobação, segurando sua mão, puxando aquele fio, não deixando acabar. Aquela sensação roupa de linho, lã: eu puxando desesperada aumentava a medida em que se desfazia. Eu dei meu tudo, pés, cabeça, viço. Acredite, foi amor. Como me disse você que Rosa disse, tenho muito ainda o que aprender. Olho nossos sorrisos naquela foto, tão lindos, jovens, fortes, brilho, tão profundo, tão que eu queria pra sempre. Mas eu, Pollyanna, só vejo contente. Saudade. Mas me perdi nas pregas de nós. Vou seguir e entender que vai ficar no espaço. Sou um eu curiosamente mais próximo do que eu quero ser, apesar de estar tudo errado. Um Talibã. Da foto dá pra ver as ondas do grau da lente dos meus óculos. Acho que já tinha reparado antes. Lembrei de você falando das camadas de significados em tudo que eu fazia. Vou procurar a saída...ou pelo menos o caminho, vai quê. Quando sair vou gritar feliz alívio pulmão cheio de ar. Queria você aqui hoje ou amanhã quando eu fizer algo importante e bacana. Mas eu é tudo que eu tenho. E é muito. Eu quero entender o quanto é isso. Quero gostar mais da minha companhia. Deve ser essa a peça que falta. E destrava essa tela azul que já dura.


terça-feira, 16 de julho de 2013

Hormônios

Fiz um aborto. Tudo muito branco pro vermelho everywhere. Piscando lento, sono afetado, ouvi chamarem meu nome, sentei na cadeira. É, essas taxas não estão muito boas. Papel na mão, testa franzida. Você disse meio instável, pergunta. Quis responder desequilibrada, descontrolada, descaralhada, desgovernada, desvairada. Sim. Ah, faz sentido sim, tá tudo desregulado. Foi meio avalanche, tromba d'água. Não contive a onda se espalhou. Histeria, a Unimed tá cobrindo? Acho que o que me despertou foi aquele desconhecido que me abraçou, assim, sem mais nem menos. Nem um pio. Não sei quanto tempo engoliu aquele abraço. Injeção para normalizar. E a bosta toda no ventilador. Se eu dissesse que não tenho ideia do porquê. De ter feito aquilo tudo, cabeça do chão, brado que rodou quarteirão, desfoque. Nada de esforço, evite dormir de bruços, beba isso de 8h em 8h. Caso. Tenha. Só via branco. Desci o elevador daquele prédio cheio de frescura. Me perguntei se a perua sorridente sabia. Guardei a agulha. Para usar mais tarde. Sai sem pressa dali. Isso é pra quem tem onde chegar.

domingo, 23 de junho de 2013

Qualquer dia canso
da estaca zero.
da ideia.
de intensidade.
de jorrar.
de dizer
declarar
escrever vermelho.

de ação.
da prisão.
de ocultar a essência.
de aspartame
linhaça
dtox.

de ficar.
de escapar
ignorar
deixar passar.

de amor
rimar
dor.






domingo, 9 de junho de 2013

3 de maio existiu

má água escorre pelo meu pescoço. dói demais. o chão fugiu. sabe lá se voltará.no banho consigo chorar. não sei se o que escorre é lágrima.0h37, mantenha a cidade limpa. e o resto todo sujo. que tarde, tristeza.''é vasto''. isso pulsou dentro de mim, faísca verde. olha, a minha vontade é correr, dizer vem, agora, logo, em qualquer lugar, só vem. .raiva. não gosto de sentir isso. cegueira branca.tudo que todos diziam e dizem de novo agora faz sentido. que nunca fez antes. afastar, dar tempo. não posso mais tomar minhas decisões em batidas de coração. ouvir isso de você me faz sentir de novo isso que não gosto. qualquer palavra consolo. culpa positivismo. ter vontade de gritar que se não tivesse tido nada daquilo não precisava nada disso. não quero recuperar de nada. tô com dificuldade de achar vontade pra querer qualquer coisa. trabalho, monografia, rsg. isso não. é mais que osmose. mas as outras coisas, as importantes. nada difere os períodos.saco vazio para
e
m
p
é
.

domingo, 16 de setembro de 2012

Preto

cansei de rastejar, me esgueirar pelas suas vírgulas. Perdeu todos os vínculos? Perdeu? O que você sabe sobre mim? Apoio as mãos. Eu sinto balão cheio de ar, empurra as paredes, expande a borracha, pois há momentos em que a pessoa precisa morrer. É soprando que se vai. Joelhos no chão. Aliás, quer mesmo saber? saber sobre mim. O que há? O limite fraqueja, tênue segurança dele estar aqui. Abri os olhos, tateio a cama. Que será que é essa coisa vazia que não enche. Você nunca está satisfeita. E por quê? Essa paz que não dura.Tremo, plano médio. E morro, assim, na praia. Plano intermediário entre este e aquele que não alcanço. Passa o filme de você e eu, a tomada, melhores momentos. Tem sempre um chuvisco na tela. Acaba que vai minguando, essa posição de Macabéa. Tem mais (de) você aqui também. Jurei que não seria sobre você, agora é. Esse tanto de coisa que eu não sei e você nem pensa em me contar. Ela, aquele dia. Meu coração também não sentiu. Não esqueci nada daquilo. Penso,às vezes, e dói como se eu fosse o vidro espalhado no chão. A sombra do que podíamos ser e não somos. Ando mesmo com preguiça de todo mundo. Amor é erva daninha. O que tem de errado comigo? E você tem razão, eu preciso deixar. Sentir a faca na pele: é bom saber onde está a dor. Apoio, burlando o trato, em qualquer móvel, de pé, não sei usá-los. Já não quero parar.Você ir. A gente morre é pra ressurgir com mais propriedade. A verdade é que me senti 'eu', alegria de quem se lança, débil. Mas não enxergamos um ao outro, a noite alastrou fogareiro. Estou só, não resisto. Não promete o que não vai cumprir. Isso ele faz bem.
- Mas onde estão todas as cores? Misturadas, ele disse.