domingo, 17 de abril de 2011

Cidade luz

Ali o tempo é diferente,andamos no meio da rua,homens,cachorros. A casa fica no zênite,esquina com Floripes. O lugar é doce. Interesse instantâneo. Aprenda a largar os fios do destino. Eles já estão tão embolados nos meus dedos... A noite entrou valente,tomando tudo com formas que não previ, completou com luz e sombra o Azul. Flores brancas,amarelas,luzes de natal fora de época,feliz homenagem. Barba de lado a lado,olhos de falsa ressaca,inacreditável. Meio amendoim para uma longa tese interdisciplinar. Acho graça. Óculos,vírgulas,melodia. Os fios estão ocupados? Dormi tão rápido,resistindo na boca da noite um gosto de sol*. O vivido embolou na (sub)consciência, coração tão descuidado. Nada será como antes amanhã*.



*Milton Nascimento/Ronaldo Bastos

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Motriz

O barulho do não choque
A descoberta sem alarde
Volúpia não consumada
Um coração falhou,entupido de reincidência
Veias vazadas teclaram o típico alijado
O barco segue,sem forma
O que quero não mudou - e vale a pena.
Tem janelas pintadas e asa ritmada
Se esconde em algum lugar que não estou
Faz de aparecer,não vem
A entranha,
músculo pungente,
cais fiel itinerante,
espera a novidade.